Fraturas de estresse

Diariamente recebemos pequenos traumas nos nossos ossos, o simples fato de andarmos implica na dissipação de carga pelas estruturas do nosso aparelho osteomuscular. O nosso corpo é preparado para esse tipo de estresse e nossos ossos estão constantemente se remodelando para se adaptarem a essa solicitação.

Quando a carga ultrapassa o limite que o osso tolera ele começa a criar pequenos focos de lesão, visualizado na ressonância magnética como edema ósseo (Imagem). A progressão do estimulo causará um aumento da lesão óssea, com rotura do mesmo, a fratura por estresse mecânico, também conhecida como fratura por fadiga.

Imagem de Ressonância Magnética, com fratura por estresse do calcâneo

A qualidade óssea tem papel importante na gênese dessa patologia. Quanto menor a densidade, osteopenia ou osteoporose, menor será sua tolerabilidade à carga e maior será a chance de lesões de estresse.

Deformidades nos membros inferiores levam a uma distribuição de carga inadequada, eventualmente causando uma sobrecarga óssea e lesões de estresse.

Esportistas em ciclo de treinamento, formam um grupo bastante acometido, principalmente nas situações em que o volume e intensidade do treino não respeitam o limite fisiológico do atleta. Devemos lembrar que durante o preparo esportivo pequenas inflamações ocorrem nos ossos e músculos. Por isso é necessário um período de descanso entre um ciclo e outro, para diminuir a inflamação permitindo um treino em plena capacidade e baixa chance de lesão, respeitando os limites e biótipos individuais de cada atleta. (Gráficos A e B)

 

Gráfico A: ciclo de treino levando a lesão osteomuscular. Gráfico B: ciclo respeitando o limite individual.

Observação: A frequência e intensidade de cada ciclo varia dependendo do objetivo, indivíduo e esporte.

Os ossos mais acometidos por lesões de estresse no pé e tornozelo são:

  • Região anterior e medial da tíbia (canelite)
  • Navicular
  • Calcâneo
  • Maléolo lateral
  • Metatarsais, principalmente o 2º seguido do 5
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